Inicialmente tinham navios de transporte e comércio (naves onerariae) largos, pesados, com navegação à vela. Navegavam no Mediterrâneo (Mare nostrum) e ao chegar a Óstia descarregavam para barcos de navegação fluvial até ao portos de Roma: Ripa Grande, perto da Porta de São Paulo; Ripetta, nas proximidades do Mausoléu de Augusto.
Conhecem-se alguns percursos e tempos de navegação do tempo imperial: Pozzuoli-Alexandria 9 dias; Narbona-Alexandria 20 dias; Óstia-Narbona 3 dias; Alexandria-Marselha 30 dias; Cádiz-Óstia 7 dias; Hispânia Citerior-Óstia 4 dias.
Anónimo 'Dois barcos de mercadorias provenientes de Cartago'-mosaico Ostia antica-Piazzale delle Corporazione
Anónimo 'Barcos de mercadorias'-relevo-sarcófago-séc. III Copenhagen-NY-Carlsberg Glyptothek (cópia in Mainz-Museum für Antiche Schiffahrt)
Os romanos começaram a ter barcos de guerra (naves longae) com cerca de 50 m com uma ou várias filas de remadores (bi-, tri, quadraremos) pelo séc. IV aC. Posuíam um gubernator e um magister navis. Augusto criou esquadras marítimas (classis Misenensis, Pontica, Britannica) e fluviais (classis Panonica, Germanica). Eram mais, um século depois, na época de Trajano.
Anónimo 'Barco da classis Panonica na guerra de Trajano contra os Dácios' Roma-Colunna Trajana (Conrad Chicorius; Die reliefs de Traianssäule, Verlag von Georg Reimer, Berlin 1900, tafel LVIII)
Anónimo 'Barco com roda movida a vacas'-iluminura De rebus bellicis (séc. XV)
Possuíam outros com usos e formas diversas (naves actuariae)
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