A lenda da existência de unicórnios surge na obra 'Indica' de Ctésias de Cnido (390 aC), profissional da arte de curar ao serviço de Artaxerxes. O original desapareceu mas conhece-se o resumo de Fócio «são imunes aos venenos se antes ou depois de o ingerir beberem por estes recipientes (copos de corno de unicórnio) vinho, água, ou qualquer outra bebida». A lenda passa por Aristóteles (343 aC), Estrabão (séc. I), Plínio, o velho (séc. II), na obra Physiologus grega (séc. IX) e bizantina (séc. XI). Aparece em dezenas de Bestiários medievais. Muitos foram os animais com quem o identificaram.
As lendas da captura estão inicialmente ligada a virgens lunares da caça, como Artemis e mais tarde com virgens que exibiam os seios destapados e os podiam acariciar, mas há outras versões.
Os outros animais beneficiavam da presença do unicórnio nos bebedouros.
Diversos reis europeus compravam os corno por preços elevados (D. João I de Castela, Eduardo IV de Inglaterra e outros). Foi até ao séc. XVIII considerado, conjuntamente com a pedra bezoar e a teriaga, um poderoso contraveneno de actividade universal.
'Arca de Noé-unicórnio' in Flávio José
Girolamo di Romano, dito Romanino (1484-1562)-?jovem com unicórnio (alegoria da castidade)'-fresco-(1531-1532) Trento-Castello del Buonconsiglio
Carl Offterdinger (séc. XIX) 'caça ao unicórnio'
'Jovem com unicórnio-odor'-tapeçaria Paris-Musée du Moyen-Âge (Cluny)
Hieronymus Bosch 'Jardim das delícias-unicórnio purifica a água-pormenor'-óleo sobre madeira- (1503-1504) Madrid-Museo del Prado
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