No I milénio aC os Israelitas, no Dia da Expiação (Yon Kippur), levavam dois bodes ao Templo de Jerusalém. Os sacerdotes escolhiam um para ser queimado juntamente com um boi. Ao outro o sacerdote colocava a mão na cabeça e transmitia-lhe os pecados do seu povo. Abandonado à sua sorte era recolhido por Azazel, o anjo caído.
Na teologia cristã os versículos do Levítico (XVI, 15-16) são interpretados como a prefiguração do sacrifício da vida Jesus Cristo pelos pecados dos seres humanos.
Em sentido figurado representa os escolhidos para, sem atender aos factos, suportar as faltas dos outros. Recai sobre pessoas ou grupos socialmente mais excluídos (ciganos, judeus, bruxas, pobres, negros, emigrantes, deficientes). Reacção natural ao «politicamente correcto» ou opinião exclusiva.
No Brasil "boi de piranha" tem o sentido do sacrifício do mínimo para salvar o máximo.
William Holman Hunt (1827-1910)-'Bode expiatório'-óleo sobre tela-1854 Merseyside-Lady Lever Art Gallery
James Joseph Tissot (1836-1902)-'Agnus Dei: bode expiatório'-(1886-1894)
Thomas Sidney Cooper (1803-1902)-'Bode expiatório'-óleo sobre tela Colecção particular
William James Webb (1830-1904)-'Abandono do bode expiatório-ca 1904'
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