Conta o Imperador Marco Aurélio (séc. II), nas suas 'Memórias', que seu avô, latifundiário romano no sul de Espanha, lhe aconselhava aplicação nos estudos para ser alguém na vida.
A ideia de progresso não coincide com o conceito de desenvolvimento, principalmente em zonas de elevado analfabetismo. Esse desfasamento tornou a escola, enquanto instituição pública, lugar de opiniões subjectivas e contraditórias. As novas tecnologias aumentaram a confusão. As futuras irão baralhar ainda mais os preconceitos. A sua adaptação ao mundo real entrará em acelerada decadência.
Os políticos procuram centralizar o poder político mas são cada vez mais ultrapassados pelos poderes industriais e financeiros. O seu pequeno mundo é virtual. A actual crise é prova disso. A Europa ainda se considera o umbigo do mundo porque vive do seu culto. Diziam na minha despovoada aldeia «pequeno asno, grande estrago» e «cacarejar não é pôr ovo».
A escola, outrora locus amoenus, é na actualidade local de competição feroz. A severidade e o laxismo transformaram-na em «local mal frequentado».
Peter Brueghel, velho (1525-1569)-'Burro na escola'-gravura-1556 Berlin-Staatliche Museen
Jan Havickszoon Steen (1626-1679)-'Escola de aldeia'-óleo sobre tela-ca 1670 Edinburgh-National Gallery of Scotland
Nikolay Petrovitch Bogdanov-Belskiy (1868-1945)-'Aritmética mental na escola pública de Rachinsky'-óleo sobre tela-1896
Johann Georg Meyer von Bremen (1813-1886)-'Pequena colegial'-óleo sobre madeira colecção particular
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