15.5.10

Imperador Adriano (76-138) Constans et perpetua volutas ou vontade firme e durável.

Alto, forte, caminhante incansável, excelente cavaleiro, as suas caçadas encontram-se gravadas em relevo no arco dito de Constantino (Roma), que provavelmente mandou executar. Frugal, audaz, prudente, tolerante, apaixonado pelas artes e pela cultura grega.
Participou como militar na campanha contra os Dácios promovida pelo Imperador Trajano, seu tio. Ao atingir o poder em 118 abandonou, contra a vontade dos militares, qualquer projecto de expansão territorial para se dedicar à administração do Império, que visitou na sua quase totalidade durante 18 anos.
Édouard-Henri Avril (1843-1928) apresenta-o nas suas ilustrações como pedófilo e homossexual.
Pagão, admitia todas as confissões religiosas: em Atenas recebeu representantes cristãos. Incitado a persegui-los invocou sempre a necessidade de se provar qualquer acusação.
Construiu Vila Adriana, perto de Tivoli, onde edificou tudo o que de belo conhecera nas suas deslocações. Nela se refugiou quando em 134 se inicia a sua decadência física. Adoece de hemorragia grave no 1º de Janeiro de 138 e morre nas termas de Baia a 10 de Junho do mesmo ano.
Construiu o seu mausoléu, hoje Castelo de Santo Ângelo (Roma), mais tarde ocupado pelos Papas. Deixou cartas e poesias, a mais conhecida das quais começa com o verso «anima vagula blandula ou alma vagabunda e folgazã».
Deixou como mensagem a palavra latina que mais aprecio: ITE, vai, caminha, faz o teu percurso com dignidade, aceita com coragem e persistências qualquer desafio. 


Giuseppe Vasi-'Piazza Pietra com templo de Adriano construído em 144'-gravura-ca 1750


Richard Wilson (1713-1782)-'Vila Adriana'-óleo sobre tela  Manchester-City Art Gallery


Alexander Brullov (1798-1877)-'Fim de tarde no Castelo de Santo Ângelo'-aguarela-1826


Claude-Joseph Vernet (1714-1789)-'Castelo de Santo Ângelo'-óleo sobre tela   Paris-Musée du Louvre

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