29.5.10

Loucura (remove stones of madness and demons: medieval psychotherapies)

Na opinião de Platão em Fedro (244a) «as maiores bênçãos chegam-nos por via da loucura se esta for um dom divino».  No seu tempo era algo de ignominioso.
Distinguiu 4 tipos de loucura (id. 265a): profética, a proveniente de Apolo, prometia segurança; ritual ou mistérica, a ligada a Dioniso, oferecia liberdade; poética, a difundida pelas Musas; erótica, a comunicada por Eros e Afrodite.
Para Heródoto (VI, 68) a loucura de Cleomenes, de origem alcoólica, encontra-se vinculada a Dioniso; enquanto a de Cambises (III, 33) tem origem na epilepsia. Por esta altura (séc. aC) não se distinguiam as duas situações. Hipócrates (460-377 aC) escreveu sobre a epilepsia e chamou-lhe morbo sacro. Incluiam ainda a esquizofrenia devido às manifestações de delírio e perda de contacto com a realidade.
Na Idade Média e início da Renascença os charlatães procediam a pequenas cirurgias para "extracção ou corte da pedra da loucura" da cabeça dos endemoninhados.


Hieronimus Bosch (ca 1450-1516)-'the cure of folly, the stone cutting, extracting the stonemadness', 'die Steinoepration, entfernung der Wahnsinnstein'-oil on wood-(1475-1480)   Madrid-Museo del Prado


Jan Sanders van Hemessen (ca 1500-ca 1566)-'the surgeon: the etone-cutter'- oil on panel-(ca 1555)  Madrid-Museo del Prado


Pieter Brueghel, the Elder (ca 1525-1569)-'cutting out the stone of madness or an operation on the head'-oil on canvas   Saint Omer (France)-Musée de l'Hôtel Sandelin 


David Teniers, the Younger (1610-1690)-'surgical extratio of stones nof madness'-oil on canvas


David Teniers, the Younger (1610-1690)-'surgical operation on  a man's head (fool's stone)'-oil on wood   Madrid-Muso del Prado

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